quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Comprando um carro - Parte II

Então vamos as compras. Neste momento, quase todo comprador entra num estado de apaixonite aguda o que lhe torna suceptível aos profissionais do "amor de carro". Aqui vai algumas dicas quando estiveres enamorando-se com algum carro ou moto.

1 - Curar-se temporariamente da apaixonite. Deixe para depois da compra. O modo mais fácil de manter a sanidade mental é a leitura específica do veículo e similares. Lembro-me quando quase comprei um Vectra 2006 quando li numa revista especializada que havia um erro de projeto (discreto, mas havia) no sistema de direção - acabei comprando um Corolla. Também lembro de um colega que queria comprar um Fox até descobrir que era um carro comedor de dedos. Agora, fique atento com as leituras. Algumas são literalmente vendidas. Deves ter várias fontes de pesquisa. Um bom site é do bestcars.

2 - A escolha. Depois de muita pesquisa chegaste a uma ou duas opções. O que fazer? Faça diversos Test-Drives. De preferência fique com o carro por uns dois dias. Entre, sente, brinque com ele. Tente usar todos os dispositivos que existem e sua funcionalidade. O cinto de segurança tem fixador? Tem luz no porta-luvas? Existe aviso de porta aberta? Como fica o conforto da minha esposa no banco de trás com a criança? Por exemplo, no Citroen C4 pallas é necessário desligar o carro para abastecer. E daí? Imagine querer manter o ar ligado...

3 - Novo ou usado. Ambos têm prós e contras. Eu sempre escolheria o novo. Para quem tem sobrando, indubitavelmente o novo é a melhor escolha - principalmente pela segurança de procedência, garantias e amparo jurídico. O usado é uma ótima escolha financeira. Contudo, para ser verdade esta afirmação só se faz plena quando o usado é de procedência e é mais novo que usado. Todos os carros usados apresentam algum problema (pequeno ou não), seja na lataria, mecânica, parte eletrônica e material interno. Os revendendores tem a arte de corrigir apenas o necessário e esconder o que pode ser escondido. Isto funciona muito bem quando estás na apaixonite. O problema vem depois e a paixão se transforma rapidamente em raiva. Num outro momento, comprei uma moto CB500 four, ano 75. Um sonho de criança. Obviamnte estava apaixonado. O resultado foi ficar sem a moto por uns seis meses e custo 4x maior da compra para pagar a mecânica. O sonho se tornou pesadelo. Contudo, nem tudo é problema. Algumas vezes consegues achar um bom usado até com alguns anos. Neste caso, leve antes para um mecânico de confiança e descubra o quanto vais gastar. Algumas vezes, o custo pode chegar até 30% do valor do carro. Por exemplo, uma boa BMW 328 ano 96 custa 30.000 reais e normalmente é necesário trocar toda suspensão, o que vai gerar um custo de 6.000 reais.

4 - Preço. Sempre há espaço para o chorinho, principalmente com garagistas. Contudo, desconfie quando o preço estiver legal ou quando a empresa está oferencedo vários opcionais ou modelos especiais. Pode ser que o veículo esteja pronto para ser reformado. Exemplos diversos e recentes podemos afirmar, a saber: Corolla Sport 2006/07, Palio 1.8R ano 2005/06, Vectra Milenium, etc. Muitos analistas aconselham o pagamento a vista. De fato, nada melhor que pagar e levar. Porém, atualmente existem diversos planos de financiamento e principalmente cooperativas que oferecem ótimas opções que cabem em muitos bolsos. Analise com carinho, particularmente se a necessidade de ter um carro for urgente ou essencial.

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