sábado, 30 de janeiro de 2010

Motor. Qual escolher?

Um dia desses estava comprando um condicionador de ar e meu esperto tio me falou - Não compre 9.000 btus para uma área de 30 m2. Vai esfriar, mas irá forçar a máquina e o tempo de uso será curto. Com isso consegui fazer uma analogia com os motores veiculares. Além da marca e tecnologia embarcada, é necessário escolher um motor que venha oferecer o desempenho necessário do nosso cotidiano. Não pense em comprar um Jeep V8 se você mora em Porto Alegre (cidade plana) e apenas usa para o trabalho de escritório. Mas, sem dúvida seria uma boa opção para quem é madereiro e mora em Rio dos Cedros (SC).Obviamente estou sendo racional e não passional.

Para a maioria dos consumidores, motores de quatro cilindros, cilindrada média de 1.4 e 70-80 cv é o adequado. Motores de mesqua qualificação podem ter qualidades bem distintas. Recentemente a VW solicitou recall dos motores 1.0 flex. O velho motor 2.0 da GM é lerdo e beberrão. Aparentemente, de acordo com analistas, os motores 1.4 da Fiat e GM apresentam boa eficácia. Porém, aindo acho cedo para uma definição plena, mas acho a melhor opção nesta categoria. O motor do C3 está nesta categoria e muitos reclamam da sua eficácia e problemas. O antigo motor do Celta e do Ford Ka também não eram nada interessantes.

Para quem viaja mais frequentemente ou apresenta trajetos urbanos mais íngrimes o motor 1.6 e 2.0 confere um ganho muito bom comparado com os anteriores. Os motores da VW/Audi são ótimas opções. O motor Fiat 1.8 (Palio Weekend, Marea, Stilo) também são muito bons. Na Citroen, os motores 2.0 apresentam bom desempenho e consumo adequado, mas são ruidosos e frágeis. Aparentemente a Pegeout não sofre destes inconvenientes da co-irmã. Os motores 1.8 da Toyota são os mais confiáveis neste segmento, na minha opinão. Conferem bom desempenho, silenciosos, consumo adequado e baixa manutenção. Não é a toa que é líder de vendas deste segmento a nível mundial.

Agora, para quem já pode usufruir - por necessidade ou puro prazer, dos motores de 6 cilindros, realmente não querem nunca mudar. Isto é um problema, pois a maioria desles determinam consumos bem elevados, em torno de 4 a 6 km/L. Naturalmente comento sobre motores 6 cilindros a gasolina, pois a Diesel não faz a minha praia. Atualmente, a Ford lançou o Fusion V6 3.0 que determinou-me uma bela surpresa. Eles criaram um motor de 6 cilindros que trabalha com 4 quando não exigido. Isto significa um consumo médio urbano de 7km/L para um motor 6 canecos. Realmente é minha escolha na categoria. Basta ver seu redimento futuro. Muitas marcar estão consagradas, e a BMW ganha disparadamente. A série 3 e X3 são exemplos da primasia germânica na criação de bons carros. Lembro-me também da máquina fantástica do Ford F1000 ano 96. O motor era tão bem feito que você poderia colocar um taça de vinho no capô que não criaria nenhuma vibração. Não tenho expeirência com os motores 6 cilindros orientais, franceses e outros europeus. Na linha americana o Jeep-Chrysler é muito forte, de alto consumo e muito resistente. Tanto o C300 quanto a linha Grand Cherokee oferecem muita qualidade mecânica, mas como dito, pecam pelo alto consumo. Um outro bom V6 é da atual GM Captiva Sport com 3.6 litros. Anda como poucos esportivos, mas bebe como uma Ferrari. Infelizmente, pois o carro realmente foi bem projetado e tem um lindo design. Porém, não desanime. Ele faz 5,4 km/L urbano e muitos carros são similares neste consumo - inclusive a BMW 6 cilindros em linha e 3.0 litros.
Como dito previamente, um motor de alta perfomance como de 6 cilindros (linha ou em V), determina um prazer único. Desde que eu comprei meu primeiro, sempre adquiri apenas outros veículos de motorização similar. Ultrapassagens, subidas, carretas ou carretinhas - nada disso é problema. Normalmente estes motores apresentam um durabilidade alta, podendo chegar facilmente aos 200.000 km sem muitos problemas.

A escolha é sua. A minha motorização atual já foi escolhida: Ford Fusion AWD V6 3.0.
Bons estudos.

Honda CB Hornat 600F. Uma máquina perto das suas mãos...ou asas.

Uma obra prima da Honda. A Hornet 600F segue mais forte em design e motor que seu antecessor quando chegou no mercado nacional em meados de 2008. É chamado estilo nacked, que traduzindo em simples palavras: anda muito e com design leve, clean e esportivo. E bota esportividade.
São 599 cilindradas e 4 canenos para usurpar qualquer lei física da inércia.

A primeira vista pode traduzir um moto para estrada. De fato. Porém, ela anda com a habilidade de uma CG nos trajetos urbanos. Talvez alguém possa desconfiar do conforto. Nada. Você sente-se muito bem obrigado, com ótima percepção ambiental e ainda aceita com gentiliza uma garupa agradável. Quem sabe ela consome muito? Eu diria que 15 km/L é algo bem aceitável para este porte, e na cidade.

A manutenção é simples e de custo aceitável. O problema é o seguro. Se você mora em grandes cidades tirá que arcar com amargos 1200 a 2000 reais anuais com a seguradora.

O ronco é saudável, lembrando de longe a famosa CB 500 four 73-75. Não é um moto para quem não quer chamar atenção. Não tem peças de enfeite que servem apenas para reflitir o sol na face. É uma moto muito bem feita para andar numa boa.

Não tenho receio em afirmar que esta moto já entrou para o Hall das motos inesquecíveis.

Um passeio com o Vectra GT-X(R).

Hoje, sem querer fazer nada, passei numa concessionária GM e fiz um test-drive de fim-de-semana, sem qualquer pretensão, num Vectra GT-X 2010. Olhei detalhes, interior, design e andei.

Até o design me agradou, mas quando pisei no acelerador... o que é isto? Tem um elefante preso na traseira?

O veículo traz um interior sóbrio diferente do exterior que mostra um face esportiva. Até o nome GT é convidativo a pensar em agressividade. Porém, o que se encontra no carro é um interior simples, confortável, sistema de som regular, porta-malas pequeno e espaço interno suficiente para jovens.

Realmente, o que falha neste carro é a mecânica, apesar de novo, tudo me lembra o Monza ano 94. Pode pisar fundo no acelerador que não adianta; o carro é lerdo mesmo. Traz um motor 2 litros flex, mas parece um 900 cilindradas.

Não compraria e acho pouco provável que ele possa competir, tanto em custo quanto em qualificações, com outros modelos do mesmo porte.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Uno Mille - Um grande pequeno carro.

Quem não teve um Fiat Uno Mille? Há 10 anos atrás, esta pergunta seria acompanhada de uma afirmação: então você terá! De fato, este modelo revolucionou a Fiat que balançava após alguns modelos modestos (deve ser feito exceção para uma série limitada do Fiat 147).

Quem olha os atuais Smarts e conhece a história do Uno deve estar questionando a discrepância entre custo e proposta de carro, inclusive o reestilizado Fiat 500. O Uno sempre foi e será um carro simples, funcional e barato. Sua mecânica simples 1.0 dificilmente dava problemas. As tentativas de fornecer um motor mais potente como 1.5R nunca vingaram.

O melhor modelo Uno Mille, na minha opinião, foi o ELX (94-96) e depois, reestilizado para o Uno Mille Eletronic. Não tinha nada para fazer. Afinal, foi criado para ligar e andar. Nada de botões enfurecidos e ansiosos para serem apertados. Direção? Para que? O carro é tão leve que parece que tem. Um ar condicionado poderia vir, mas afetava a dinâmica mecânica. De fato, o carro é urbano e para cidades planas. Viajar era possível, mas com estilo vovô. Jamais pensar em ultrapassagens.

O interior era simples e resistente. Cabia muito bem dois adultos e duas crianças. O portamalas era para uso urbano também. O design era bem formoso e, se analisarmos bem, mudou muito pouco para o atual modelo (ainda em vendas).

O Uno Mille foi o fusca da década de 90. Ponto final.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

BMW série 3 (328/96)

Minha experiência foi gratificante. Fui o segundo dono e o carro era bem cuidado. Após a compra gastei uns 4.000 dólares para deixá-lo em ordem: filtros, suspensão, lataria, etc.

O carro é muito bem feito. O acabamento interno é robusto, porém um problema crônico da BMW é o tecido de revestimento (teto), que deve ser trocado. O teto solar frequentemente precisa ser revisado.

Mesmo sendo 1996, o carro oferece uma porção de controles eletrônicos: computador de bordo, ar digital dual zone, rádio e som de excelente qualidade, piloto automático, etc. O que mais me impressionou, demonstrando toda qualificação do carro, foi a presença de aquecimento da água do parabrisa.

O motor é maravilhoso com seu imponente 6 cil. em linha e 2.8 litros, conferindo aproximadamente 200 cv de potência. Diz-se que quem ouve o ronco deste carro se apaixona. E é a pura verdade. É um carro que foi feito para andar em belas estradas asfálticas e pisar fundo - ele gruda no chão feito aranha. O sistema de resfriamento dos freios é da fórmula 1 e o câmbio responde rapidamente ao seu estilo de pilotar. Também oferece 3 modos de pilotagem: econômico, agressivo e abrasivo (para pistas escorregadias).

O conforto interno é nota 10 para 4 pessoas, mas com portamalas modesto. Luz de cortesia para todos os lados, controle de diversas funções eletrônicas (como dito), apoio central dianteiro e traseiro...enfim, um belíssimo carro. O design continua aceitável, porém já ultrapassado.

É um daqueles raros carros que dá para manter na garagem...para sempre.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Comprando um carro - Parte III

Num tempo pouco distante, o carro era um investimento. Hoje, é um simples bem de consumo. São raros os casos onde o comprador fica com o mesmo carro por mais de 5 anos.
Sendo assim, devemos ponderar mais alguns fatores antes de finalizar a compra. Quanto mais luxuoso e caro, maior será a desvalorização. Se o carro for importado pode haver problema em peças e custo de manutenção.
Existem marcas consolidadas aqui no Brasil, e optar por outros veículos pode ser arriscado. A Hyundai oferece garantia de 5 anos, mas isso não significa um porto seguro - apesar de achar que esta marca é uma opção interessante. Quem não gostaria ter um Jaguar ou Porsche na garagem. Um dos meus carros eleitos é o Chrysler C300, mas o custo e manutenção são perigosos. Lembre-se que os carros mais lindos, ficarão sem graça e desatualizados em cinco anos. Lembras do Monza 1.8? Lindo, esbelto, potente, tudo de bom em 1990. Hoje é uma carroça diante qualquer veículo da sua classe.
Quando sabemos que ficaremos com um carro por menos de 5 anos, acho salutar optar por modelos mais econômicos e de maior giro comercial. Por exemplo, um Gol ou Fiat Uno é dinheiro na mão, mas tente vender um Jeep Grand Cherokee. Tudo é uma questão de quanto você pode gastar e perder dinheiro, e o quanto és apaixonado por um modelo em especial. Eu já tive um Cherokee e uma BMW e fui muito feliz. Tive problemas apenas na hora de vender. Isto é um fato.
Resumindo, escolha o carro que mais se aproxima dos seus anseios, mas sem esquecer o pós-venda.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Comprando um carro - Parte II

Então vamos as compras. Neste momento, quase todo comprador entra num estado de apaixonite aguda o que lhe torna suceptível aos profissionais do "amor de carro". Aqui vai algumas dicas quando estiveres enamorando-se com algum carro ou moto.

1 - Curar-se temporariamente da apaixonite. Deixe para depois da compra. O modo mais fácil de manter a sanidade mental é a leitura específica do veículo e similares. Lembro-me quando quase comprei um Vectra 2006 quando li numa revista especializada que havia um erro de projeto (discreto, mas havia) no sistema de direção - acabei comprando um Corolla. Também lembro de um colega que queria comprar um Fox até descobrir que era um carro comedor de dedos. Agora, fique atento com as leituras. Algumas são literalmente vendidas. Deves ter várias fontes de pesquisa. Um bom site é do bestcars.

2 - A escolha. Depois de muita pesquisa chegaste a uma ou duas opções. O que fazer? Faça diversos Test-Drives. De preferência fique com o carro por uns dois dias. Entre, sente, brinque com ele. Tente usar todos os dispositivos que existem e sua funcionalidade. O cinto de segurança tem fixador? Tem luz no porta-luvas? Existe aviso de porta aberta? Como fica o conforto da minha esposa no banco de trás com a criança? Por exemplo, no Citroen C4 pallas é necessário desligar o carro para abastecer. E daí? Imagine querer manter o ar ligado...

3 - Novo ou usado. Ambos têm prós e contras. Eu sempre escolheria o novo. Para quem tem sobrando, indubitavelmente o novo é a melhor escolha - principalmente pela segurança de procedência, garantias e amparo jurídico. O usado é uma ótima escolha financeira. Contudo, para ser verdade esta afirmação só se faz plena quando o usado é de procedência e é mais novo que usado. Todos os carros usados apresentam algum problema (pequeno ou não), seja na lataria, mecânica, parte eletrônica e material interno. Os revendendores tem a arte de corrigir apenas o necessário e esconder o que pode ser escondido. Isto funciona muito bem quando estás na apaixonite. O problema vem depois e a paixão se transforma rapidamente em raiva. Num outro momento, comprei uma moto CB500 four, ano 75. Um sonho de criança. Obviamnte estava apaixonado. O resultado foi ficar sem a moto por uns seis meses e custo 4x maior da compra para pagar a mecânica. O sonho se tornou pesadelo. Contudo, nem tudo é problema. Algumas vezes consegues achar um bom usado até com alguns anos. Neste caso, leve antes para um mecânico de confiança e descubra o quanto vais gastar. Algumas vezes, o custo pode chegar até 30% do valor do carro. Por exemplo, uma boa BMW 328 ano 96 custa 30.000 reais e normalmente é necesário trocar toda suspensão, o que vai gerar um custo de 6.000 reais.

4 - Preço. Sempre há espaço para o chorinho, principalmente com garagistas. Contudo, desconfie quando o preço estiver legal ou quando a empresa está oferencedo vários opcionais ou modelos especiais. Pode ser que o veículo esteja pronto para ser reformado. Exemplos diversos e recentes podemos afirmar, a saber: Corolla Sport 2006/07, Palio 1.8R ano 2005/06, Vectra Milenium, etc. Muitos analistas aconselham o pagamento a vista. De fato, nada melhor que pagar e levar. Porém, atualmente existem diversos planos de financiamento e principalmente cooperativas que oferecem ótimas opções que cabem em muitos bolsos. Analise com carinho, particularmente se a necessidade de ter um carro for urgente ou essencial.

Comprando um carro - Parte I

Alguém lembra quando o ex-presidente da República Brasilis disse que os carros brasileiros eram carroças? Aquele mesmo que foi deposto do cargo. Bem, nisso ele tinha razão. Se passaram praticamente 20 anos desde aquele dito; muito coisa melhorou desde então. Muitos carros disponíveis no mercado nacional são os mesmos vendidos lá no exterior. Pero no mucho. Muitas marcas ainda lançam carros com uma defazagem de 2 a 4 anos.

Temos agora outros problemas para quem quer comprar um carro, seja pela primeira ou miléssima vez. As estradas são regulares a péssimas. Quando boas, o pedágio é obrigatório e quase um assalto. Nos oferecem carros potentes, equipados e lindos, mas sem estradas adequadas para desfrutarmos na plenitude a conquista veicular. Quando nos deportamos para o âmbito urbano, falta infraestrutura, locais de estacionamento e uma multiplicidade de instrumentos promotores de multas. No final das contas, é um pneu furado, um amortecedor estourado, uma roda torta, pagamento mensal de estacionamento privado, etc.

Não podemos esquecer também os impostos e seguros. Além dos 25 a 40% do valor do veículo ir para as mãos da mãe-pátria temos o IPVA que pode variar de 300 a 1500,00 reais, nos carros mais comuns. O seguro pode ser um roubo, principalmente nas grandes cidades. Alguns carros podem ser segurados em 7.000 reais. Tudo isso deve ser levado em conta.

Comprar um carro é similar a querer casar. Estás com vontade? Pense seis vezes. Analise criteriosamente os fatos e se chegares que tens bala na agulha para aguentar o rojão...então boas compras.