sábado, 27 de fevereiro de 2010

Ford Fusion 2010

Um sedã americanizado com uma visão mundial. O novo Fusion chegou ao mercado nacional muito além de um remake. Trouxe uma bagagem tecnológica digna de um carro padrão sec. XXI com seu sistema Sync-Microsoft. Se alguém tem ou tinha e gostava do antigo Fusion pode comprar o novo que irá se surpreender, porém com o sistema V6 AWD.

O sistema Sync permite uma ampla interação com o veículo e mundo. Por exemplo, permite conexão automática com seu celular (depende do modelo do celular) onde você fala, atende, disca simplesmente apertando um botão no volante. De fato, o Fusion permite que você fale com ele. O sistema Sync permite assistir filmes em DVD pelo seu monitor de 7 polegadas no painel central. Porém, só com o carro parado (imposição legal). Por sinal, o monitor pode ser transformado num quadro digital – basta você inserir suas fotos digitais. Seu disco rígido é de 10GB. A grande falha do sistema é a ausência do GPS no Brasil (você está sempre no México – onde foi produzido o carro). A Ford promete oferecer este dispositivo, mas sem data definida.

O sistema de som é SONY, com uma qualidade fantástica, feita para os mais exigentes. Contudo, como a perfeição não existe, existem algumas falhas ou ausências no sistema e conforto interno. A luz de cortesia não pode ser apagada se quiseres. Luz no porta-luvas não existe, limpador pára-brisa automático também foi esquecido. Coisas que um carro deste porte (100.000 reais) deveria obrigatoriamente ter. Um grave erro é a entrada de USB que fica escondido dentro de um porta-treco no apoio central. O computador de bordo funciona mais com muitas informações subjetivas – deveria ser mais preciso. Observe que controle de consumo imediato é feito com um sistema gráfico de barras. Loucura, até mesmo o Fiat Pálio oferece informações digitais. Não existe fechamento automático de vidros e travas, só colocando como opcional.

O espaço interno e o porta-malas são muito bons. O banco de couro, revestimento interno e outras peças são de boa qualidade. Condicionador de ar bi-zone, mas poderia ser quadri-zone, é eficaz e pode ser controlado verbalmente. Os controles são simples e eficazes. Não existe uma parafernália de botões. O visual do painel é agradável. Existe a possibilidade de fornecer uma luz ambiente suave com sete cores disponíveis. Externamente, o novo Ford Fusion manteve suas linhas. Porém, adquiriu um ar mais agressivo e robusto. Independente do ângulo de visão, a beleza se faz presente. A combinação pneu e roda ficaram perfeitas.

O câmbio automático tiptronic permite ao felizardo motorista uma condução suave ou extremamente agressiva, movida por seus canecos. O motor realmente oferece muito prazer e, apesar de ser V6, sua tecnologia confere consumo aceitável. Aproximadamente 7 km/L na cidade e com ar ligado. Na estrada, chega aos 10 km/L. A suspensão é agradável e macia, porém baixo. Isso aumenta a dirigibilidade e o risco de batidas na parte frontal do carro.

É um carro que oferece muitos dengos e um motor. Particularmente não acho interessante a versão 4 cilindros. Não se esqueça que o carro é pesado. O motor V6 com sistema AWD (controle de tração em todas as rodas – All Wheel Drive) é a opção para ser adquirida. Neste modelo dou uma nota 8,5, pois sou exigente. Em resumo, eu compraria este novo Ford Fusion, pois transmite conforto, qualidade e durabilidade.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Citroen C4 Grand Picasso. Um grande ponto de interrogação.

Quem conhece, reconhece. O projeto C4 grand picasso da Citroen supera, em praticamente todos os quesitos, seus virtuais concorrentes. É um carro que foi lançado com toda parafernália imaginável - e bota eletrônica nisso, que conquista os simples (e até os mais exigentes) mortais. Inclusive eu comprei um. No momento só um modelo disponível - Exclusive, e com um único opcional: teto panorâmico.

O carro traz uma beleza de avião, interna e externamente. Tem um design futurista agradável. É confortável - cabe 7 pessoas, excelente dirigibilidade, consumo adequado, silencioso, ótimo sistema som (muito bom mesmo), e muitos mimos.

Mimos e muitos funcionais e importantes. Vai no portamalas e há uma lanterna. Olhe debaixo do tapete e há um espaço para porta-trecos. O banco traseiro fornece um mesa de avião para conforto dos passageiros. Todos os bancos podem ser rebatidos forcenendo um volume de praticamente 2 mil litros. Odorização interligada ao ar digital que é QUADRIZONE.

Dois detalhes que demonstram a qualificação tecnológica do carro: chave e segurança. A chave é um ser pequeno que liga, trava e outras cositas. A chave em si fica inserida no próprio controle - não precisa ficar comprando um chaveiro cheio de tralhas. A segurança não reside apenas no número de Airbags, ABS, controle de tração, etc. Basta você apertar mais forte no freio, e como uma desaleceração moderada, que autoamticamente liga-se o pisca alerta. Isto sim é coisa bem pensada.

O habitáculo é surpreendetemente bem feito, um dos melhores projetos que já pude observar. O conforto do motorista é nota 10. Os banco envolve a pessoa. Os controles estão próximos aos dedos (eu disse dedos e não maos). A direção é fixa, apenas o volante gira - e, isto é fantástico para quem quer usar os controles de bordo na direção, como mudar música, mudar a cor do painel, alterar o som ou ativar o piloto automático. O sensor de chuva e luminosidade funcionam muito bem. Como o carro é alto, confere uma percepção visual externa excelente.

O grande destaque eletrônico fica por conta so parking system que é muito fiel e não fica restrito ao sininho - há visualização eletrônica no painel. Também permite avaliar se a vaga disponível é adequada para seu usado pelo carro - trata-se de uma leitura eletrônica. Excepcional.

Afinal, e tentando resumir, é como dizem: é um Boeing de 4 rodas. É um carro feita para família se sentir em casa.  O motor 2.0 de 4 cilindros fornece um torque bom, e sua aceleração é agradável. Atualmente disponível apenas à gasolina, consome em média 7 a 9 km/L na cidade e chega a 12-13 na estrada. A possibilidade de troca de marchas através das borboletas (estimula F1) funciona e é interessante em alguns casos - direção mais agressiva ou situações íngrimes. O câmbio é automático com a alavanca fixada ao eixo da direção, lembrando os carrões da década de 50-70. Foi uma ótima escolha, além de fornecer um acesso melhor ao motorista e deixar mais espaço no carro (entre bancos).

Nos últimos dois anos foi a melhor opção disponibilizada no Brasil, com um custo aproximado de 89 mil reais. Infelizmente, e não sei o porquê, nunca há um carro perfeito. E devido estes pequenos problemas acabei vendendo o meu. O carro não transmite confiabilidade no que tange a duração de materiais. O tecido desbota rapidamente, além do que é horrível para limpeza. O sistema de suspensão não foi adaptado ao Brasil (feito na Espanha), logo começa a transmitir os deleixos das nossas estradas. De fato, com 1000km tive que trocar o sistema amortecimento da direção. Revistimento em carpê da lataria dos pneus traseiros é impensável e sua duração logicamente é pequena. Furou o pneu, dançou. O estepe fica embaixo do carro. Mas, o que realmente deixa com a pulga atrás da orelha é a falta de confiança mecânica na marca. Uma parcela significativa dos carros Citroen apresentam falhas neste setor.

O grande ponto de interrogação deste carro é a durabilidade. Acredito que quando disporem um interior com couro e tecidos mais resistentes, mudar o local do estepe, associado com um motor mais confiável e potente (6 cilindros preferencialmente) ele se tornará um dos melhores carros no Brasil. É difícil achar alguma coisa que o carro deveria ter. Talvez uma complementação com Bluetooh, entrada USB e controle mais completo do som no volante.